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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Viçosa totaliza 8000 pessoas afetadas


As chuvas que provocaram inundações no Vale do Paraíba deixaram fortes marcas na comunidade viçosense. Até o momento a Defesa Civil já registrou 8000 pessoas afetadas incluindo moradores da zona rural e urbana.

O Prefeito de Viçosa, Flaubert Filho, está agindo com velocidade para minimizar a dor inicial e providenciar ações efetivas para solucionar o problema. “Inicialmente providenciamos atendimento emergencial com alimentação e abrigo temporário, agora estou trabalhando para dar início a construção de casas que possam proporcionar conforto aos desabrigados e viabilizar as aulas, que deveriam começar em cinco de julho”.

Flaubert Filho destaca a preocupação com o retorno das aulas porque os desabrigados e desalojados estão acomodados nas creches e escolas municipais. Dos 8.000 afetados, 500 estão desalojados; 1256 desabrigados; 100 deslocados; 47 levemente feridos e os demais são as pessoas que indiretamente são afetadas pela tragédia.

As perdas materiais incluem 330 residenciais destruídos e 100 danificados. O abastecimento de água, energia e transporte aos poucos estão sendo normalizados. A maior dificuldade tem sido o sistema de comunicação que ainda não voltou a funcionar. Em apenas dois pontos é possível fazer uma ligação telefônica e estes locais estão congestionados. A comunidade da Cascuda e os quilombolas do Gurgumba continuam isolados. 35 homens do Exército estão na cidade para recuperar as pontes de acesso.

Outro problema que tem preocupado o prefeito é a existência de desabrigados das cheias de 2009. 22 famílias permanecem no Estádio Teotonio Vilela desde o ano passado. 60 famílias estão morando em casas de aluguel mantidas pela Prefeitura e outras 58 vivem em casas temporárias construídas com recursos próprios pelo município. “Acredito que desta vez a burocracia do Governo Federal será minimizada para que a gente possa construir as casas e entregar a quem precisa. Aqui em Viçosa temos a Fazenda Santa Ana que comprei ano passado. Já temos o terreno, agora é só viabilizar a construção. Continuo otimista”, evidenciou o prefeito.

Roberto Joventino é um dos 1256 desabrigados. Ele é professor e atua como diretor da Escola Municipal São José. No dia 18 de junho ele estava viajando a trabalho, sua esposa grávida de três meses e os dois filhos presenciaram a enchente. O fundo da casa onde moravam no Gurganema foi levado pelas fortes águas do Rio Paraíba e eles perderam quase tudo. “Minha vida desceu rio abaixo. Só recuperamos a TV e os documentos. Meus livros, meu diploma, as fotos da infância dos meus filhos e outros bens materiais foram embora. A sorte foi que eu deixei a minha moto na escola onde trabalho”.

O professor conta com a solidariedade de alunos e pais de alunos que fizeram algumas doações e colaboram na limpeza do que sobrou. Roberto Joventino e a família está morando no galpão do Colégio Municipal São José.

Fonte: Ascom Prefeitura de Viçosa


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